"Voz do Ipiranga"

Por vezes, vivo por viver
Sinto que sou mais que um mago
Muitas das histórias ainda hoje apago
Por não me deixarem crescer.

Prendi-me ás correntes do amor
Deixei de acreditar no mal
Vi nos teus olhos, tal ardor
Que esqueci que ninguém é imortal.

Sim, tudo se baseia em "Saudade"
Aquela palavra tão feroz
O coração tanta vezes ultrapassa a verdade
Que se ouve amargura na voz.

Voaste, como só tão doce pomba o faz
Libertaste-te, gritando à renunciação
Eu mesmo, nunca mais vivi em paz
Com a demais forte dor do coração.