"Contos Irreais"

Adormeço ao som da guitarra

E desperto com o cantar da cigarra.

Viajo pelos mundos mágicos

Recordo acontecimentos trágicos

Tudo numa perfeita ilusão

Que me consome na interminável escuridão.

Vejo príncipes e mesmo até, cinderelas

Nos seus cavalos de aguarelas

Perdidos num atento olhar 

Mas mesmo assim, juntos ao luar.

Desde lobos maus e avós envelhecidas

Até bosques com vegetações esquecidas

Não ligando ao que os rodeia

E não ensinando, quem por lá passeia.

Mais à frente, observo castelos gigantes

Vivem lá pessoas importantes

Com tesouros e riqueza

Dando importância demais à sua beleza.

Certo dia, vale a fora

Alguém me diz para ir embora

Não pertencia aquele condado

Nem a língua sabia pronunciar com cuidado.

De seguida, vejo uma estrada longa

Tropeço numa pequena lomba

Entro num portal imaginário

E volto para o meu aconchegado armário.